A Nova Gramática do Autoritarismo: O Retorno de Donald Trump e o Desafio à Democracia e à IA





A Nova Gramática do Autoritarismo: O Retorno de Donald Trump e o Desafio à Democracia e à IA


Vanessa Maria de Castro
Psicanalista
Professora da UnB
Brasília, 20 de janeiro de 2025

Donald Trump toma posse hoje, marcando um momento decisivo para os Estados Unidos e para o mundo. Desta vez, ele retorna à presidência como um estrategista experiente, com pleno domínio das instituições e do jogo político. Trump não é mais o outsider, como foi em seu primeiro mandato; ele se apresenta agora como líder de um projeto autoritário, apoiado por uma coalizão que utiliza a retórica da ordem e da moral para justificar a restrição de direitos fundamentais.

Nas primeiras 48 horas de seu governo, Trump terá urgência em revogar decretos importantes que avançaram na agenda de direitos humanos, particularmente aqueles relacionados aos direitos das minorias, igualdade de gênero e liberdades civis. Ele irá acelerar a revogação dessas políticas, impondo sua pauta sem resistência, pois detém controle sobre o Congresso, o que lhe permite implementar sua agenda de maneira rápida e sem obstáculos legislativos.

Trump também imporá urgência em suas ações, e novos decretos serão assinados. Estes representarão a maior tensão entre as nações e a implementação de sua visão autoritária. Ele buscará consolidar sua agenda, avançando como em um campo de guerra, restabelecendo normas que favoreçam sua base política conservadora e garantindo que seus objetivos sejam plenamente alcançados. Trump assumirá o poder como se tivesse se voltado de uma guerra perdida, adotando uma postura de tudo ou nada. O controle sobre as instituições e a agenda política permitirá que ele estabeleça um novo ritmo para os Estados Unidos, com uma direção focada em suas prioridades, sem a necessidade de buscar consenso. Trump buscará ser respeitado como o homem mais poderoso do planeta, disputando com quem for e a qualquer custo para alcançar esse status global. Tempos sombrios nos avizinham a partir de agora, e a luta por esse poder será mais intensa e transformadora do que jamais imaginamos.

A Arte Empresarial de Trump e a Opressão Contemporânea

Uma das características centrais do governo de Trump, em sua segunda posse, é sua capacidade de aplicar uma visão empresarial ao funcionamento do Estado. Michel Foucault já havia discutido como o poder moderno se organiza a partir de uma gestão estratégica das instituições, transformando o Estado em uma máquina produtiva voltada para os interesses de grupos específicos. Trump, com seu histórico como empresário, aplica essa lógica ao governo, criando um ambiente no qual a economia, os direitos e a liberdade individual são controlados e esfacelados em prol de um modelo autoritário.

Esse tipo de gestão leva à opressão dos mais vulneráveis, fazendo com que as comunidades sejam fragmentadas e divididas, como alertou Paulo Freire em sua obra Pedagogia do Oprimido. Ele afirmou que o verdadeiro opressor cria muros que impedem a comunicação e a solidariedade, desestruturando as relações comunitárias para consolidar sua autoridade. No caso de Trump, vemos uma clara construção de “muros”, tanto literais quanto figurativos, que segregam a sociedade em castas e enfraquecem os laços coletivos, colocando em evidência uma cultura de individualismo que apenas atende aos interesses de uma elite.

O Panóptico Digital: Vigilância e Controle

A fragmentação da sociedade é acompanhada de uma crescente opressão do indivíduo. O que antes era uma nação de múltiplas vozes e diversidade, agora é reduzido a uma massa de indivíduos isolados, que não mais se veem como parte de uma coletividade, mas como consumidores ou seguidores. Nesse contexto, o Estado, sob Trump, se torna o “Grande Irmão”, como descrito por George Orwell em 1984, cuja voz é a única verdade permitida. O controle da informação, agora por meio das redes sociais e da manipulação digital, elimina qualquer espaço para o contraditório, tornando impossível para as pessoas questionarem a narrativa oficial. A construção de uma suposta verdade é imposta de cima para baixo, e o controle sobre os indivíduos se dá por meio da internalização da ideologia dominante.

A vigilância digital, inspirada no conceito de panóptico de Michel Foucault, vai além do controle físico e se expande para o mundo virtual, onde grandes bases de dados e Inteligências Artificiais monitoram e influenciam o comportamento das pessoas de maneira invisível. Esse novo tipo de controle é centralizado em poucos, criando uma sensação de vigilância constante. No contexto político, como no Trumpismo, a manipulação de dados e a disseminação de desinformação reforçam o poder dos que controlam essas tecnologias, moldando as percepções e decisões das massas. A vigilância digital levanta questões éticas sobre privacidade, liberdade e o uso do poder.No mundo contemporâneo, as tecnologias digitais e as redes sociais oferecem uma versão moderna deste modelo. As plataformas digitais, ao coletar dados sobre os indivíduos, tornam-se agentes de controle e vigilância. Mesmo sem a presença física de um “vigilante”, os cidadãos se tornam autovigilantes, monitorando suas próprias ações e pensamentos, pois nunca sabem quando estarão sendo observados. Nesse sentido, a manipulação da informação digital e a constante coleta de dados se tornam os mecanismos principais de um panóptico moderno.

A Ascensão do Autoritarismo Digital e a Manipulação das Massas

O grande diferencial do autoritarismo contemporâneo é o uso das tecnologias digitais, que permitem uma vigilância mais eficiente e uma manipulação sem precedentes da opinião pública. Byung-Chul Han, em Psicopolítica, argumenta que, com as tecnologias digitais, as relações de poder se tornam mais invisíveis e internalizadas, afetando a subjetividade dos indivíduos. Em vez de um controle brutal, agora o poder se disfarça de liberdade e escolha, enquanto as pessoas se tornam autovigilantes e suscetíveis à manipulação digital.

Em 48 horas de governo, a administração de Trump não só revogará políticas de direitos civis, direitos humanos e ambientais, mas também fortalecerá a narrativa de que qualquer oposição ao novo governo é um obstáculo à ordem e à prosperidade.

A produção de fake news é uma das consequências mais perigosas do uso desenfreado das tecnologias digitais no controle da informação. Como Shoshana Zuboff argumenta, a manipulação da informação se tornou um poder central na era do capitalismo de vigilância. As notícias falsas não são apenas um subproduto da era digital, mas uma ferramenta estratégica para moldar narrativas e controlar a opinião pública. Ao criar uma realidade alternativa, onde a distinção entre fato e ficção se dissolve, as fake news corroem a confiança nas instituições e nas fontes de informação, gerando divisões e confundindo o debate público. Esse fenômeno transforma a própria noção de verdade, tornando-a maleável e facilmente manipulável, o que fortalece o autoritarismo digital e mina os alicerces da democracia.

O uso das tecnologias não é apenas uma ferramenta de comunicação, mas um mecanismo para construir a verdade oficial, fazendo com que a distinção entre fato e ficção se torne nebulosa. Shoshana Zuboff, em A Era do Capitalismo de Vigilância, discute como o controle da informação se transforma em um meio de poder que afeta profundamente as democracias, criando um ambiente onde a verdade se torna relativa e facilmente manipulada.

Destruição dos Direitos Humanos e a Supressão das Minorias

A ascensão de regimes autoritários, como o de Donald Trump, não apenas envolve uma manipulação das massas e a centralização do poder, mas também um ataque direto aos direitos humanos, afetando especialmente os grupos mais vulneráveis, incluindo a comunidade LGBTQIA+. Durante o governo de Trump, diversas políticas e declarações buscavam reverter avanços no reconhecimento e na proteção dos direitos dessa comunidade. A destruição da esfera pública e da pluralidade política, como alertado por Hannah Arendt em Origens do Totalitarismo, transforma direitos antes considerados universais em obstáculos a serem eliminados por meio de políticas que marginalizam e excluem.

A repressão de opositores, a vigilância massiva e o enfraquecimento das instituições democráticas são características desses regimes. Como destaca Jürgen Habermas, a democracia depende da manutenção de espaços públicos de diálogo e participação. Contudo, sob governos autoritários, esses espaços são restringidos, e a liberdade de expressão é corroída.

Além disso, Byung-Chul Han argumenta que o neoliberalismo contemporâneo utiliza novas formas de controle, como a psicopolítica, para subjugar a população, tornando a repressão menos visível, mas igualmente eficaz. A ascensão de discursos ultraconservadores e a criminalização de movimentos sociais evidenciam esse novo modelo de dominação, onde a desigualdade e a violência são naturalizadas.

A resistência a esses regimes exige um engajamento ativo na luta pela manutenção dos direitos fundamentais e pela mobilização contra as forças que buscam perpetuar desigualdades e violências históricas. A proteção dos direitos humanos passa, portanto, por um compromisso contínuo com a justiça social e a democracia.

Racismo e Autoritarismo: A Perpetuação da Violência

A ascensão de Trump ao poder reforça não apenas a agenda autoritária, mas também um perigoso avanço do supremacismo branco e do racismo estrutural. Seu discurso e o de seus aliados normalizam a xenofobia, a perseguição de minorias e a deslegitimação de movimentos por justiça social. Como aponta Frantz Fanon em Os Condenados da Terra, os regimes autoritários utilizam o racismo como instrumento de poder, desumanizando os grupos marginalizados para justificar a violência estatal.

Angela Davis também destaca como o racismo estrutural se entrelaça com outras formas de opressão, especialmente na criminalização da população negra e no encarceramento em massa. Assim, o autoritarismo contemporâneo encontra nos corpos racializados e nas mulheres suas primeiras vítimas, reafirmando uma história de dominação que se perpetua por novas estratégias políticas e tecnológicas.

Hannah Arendt, em Origens do Totalitarismo, adverte que regimes autoritários são marcados pela destruição da esfera pública e da pluralidade política. Com Trump, a supremacia branca ganha legitimidade institucional, levando a um retrocesso nos direitos civis e aumentando o risco de perseguição de grupos racializados. A hostilidade a movimentos como Black Lives Matter e a criminalização de protestos antirracistas revelam a intenção de silenciar qualquer oposição a esse projeto de exclusão.

A resistência a esses regimes exige um engajamento ativo na luta por justiça racial e de gênero, pois, como a história demonstra, os grupos marginalizados são os primeiros a serem atacados quando a democracia é corroída. O combate ao racismo e à exclusão deve ser um eixo central na defesa da democracia e dos direitos humanos.

A Guerra contra as Mulheres: O Enfrentamento de uma Sociedade Ultraconservadora

No entanto, o impacto mais devastador dessa nova ordem será para as mulheres. Como aponta Rita Segato em Contra-pedagogias de la crueldad, as mulheres são sempre as primeiras vítimas de regimes autoritários, pois sua liberdade e autonomia são sistematicamente atacadas em nome de um “projeto moral”. A violência contra as mulheres, tanto física quanto simbólica, é um instrumento de controle social que visa enfraquecer a resistência e estabelecer uma ordem hierárquica. Rita Segato destaca como a violência estrutural se perpetua na sociedade patriarcal, e com a ascensão de Trump, a opressão das mulheres tende a se intensificar, sendo um reflexo de um sistema ultraconservador que combate a autonomia feminina como um obstáculo à sua ordem.

O Sofrimento Psíquico e os Efeitos da Opressão Ultradireitista

A ascensão de regimes ultradireitistas, como o de Trump, gera um sofrimento psíquico profundo, tanto em indivíduos marginalizados quanto na sociedade em geral. O sofrimento, amplificado por políticas de exclusão e repressão, não é apenas uma consequência direta da violência, mas também um mecanismo de controle social, como Freud já abordou em seus estudos sobre a repressão e os efeitos da civilização na psique humana.

Em textos como Além do Princípio do Prazer (1920) e O Mal-Estar na Civilização (1930), Freud argumenta que o sofrimento é inevitável e nasce da tensão entre os desejos humanos e as limitações impostas pela realidade. Em regimes autoritários, essa repressão torna-se ainda mais aguda, gerando não apenas angústia e medo, mas também uma perda de identidade e dignidade entre os oprimidos. O sofrimento psíquico se perpetua, criando uma dinâmica de violência psicológica que enfraquece a capacidade de resistência e solidariedade dentro da sociedade.

Além disso, em Psicologia das Massas e Análise do Eu (1921), Freud analisa como as massas podem ser manipuladas por líderes carismáticos, cuja retórica de medo e polarização cria uma divisão social que intensifica o sofrimento coletivo. O medo e a insegurança tornam-se ferramentas usadas para solidificar o poder, enfraquecendo qualquer movimento de resistência. Esse sofrimento psíquico coletivo enfraquece o senso de pertencimento e cooperação, contribuindo para a fragmentação da sociedade.

A opressão psicológica gerada por esses regimes não é apenas um efeito das políticas de repressão, mas uma estratégia para consolidar o controle social. A constante manipulação de medos e ódios enfraquece a capacidade de construção de uma sociedade mais justa e coesa, perpetuando um ciclo de sofrimento e conformismo. Assim, o sofrimento psíquico gerado pela ultradireita vai além da dor individual, afetando a psique coletiva e comprometendo a saúde mental das gerações futuras.

A Construção de uma Nova Gramática do Autoritarismo

A resistência ao autoritarismo contemporâneo exige mais do que uma simples oposição à nova gramática política imposta por líderes como Trump. Para enfrentar esse fenômeno, é necessário reconstruir uma linguagem política que retome os valores essenciais da democracia, com ênfase na pluralidade, no diálogo aberto e na construção coletiva da verdade. Jürgen Habermas, em A Estrutura de Transmissão da Comunicação, nos lembra que a democracia não é apenas um conjunto de regras, mas um espaço público onde o livre intercâmbio de ideias entre os cidadãos é vital. Em um mundo onde a verdade é frequentemente manipulada, o compromisso com uma comunicação honesta e transparente se torna uma das formas mais eficazes de resistência.

Zygmunt Bauman, em Modernidade Líquida, alerta para a fragilidade das instituições democráticas e o risco de sua desestabilização. Em um ambiente marcado pela insegurança e pelo medo, a coesão social se enfraquece, tornando a resistência um desafio contínuo. Não basta uma reação pontual, mas sim um esforço constante para reconstruir os laços de confiança e solidariedade, fundamentais para a manutenção de uma democracia saudável e robusta. No entanto, a luta contra o autoritarismo não pode ser entendida apenas no âmbito político. Ela também exige uma reflexão profunda sobre a sociedade contemporânea, especialmente sobre o excesso de positividade que permeia nossas interações e atitudes.

Byung-Chul Han, em Psicopolítica, destaca como a obsessão pela produtividade, sucesso e felicidade imposta pela sociedade moderna cria um ambiente de alienação. Em vez de promover o bem-estar coletivo, essa pressão constante leva à internalização do sofrimento, tornando os indivíduos mais isolados e vulneráveis ao controle social. A busca incessante pela autossuperação, em uma sociedade cada vez mais voltada para a performance, favorece o autoritarismo, pois mascara as desigualdades e limita as possibilidades de resistência coletiva. O excesso de positividade transforma a subordinação em algo invisível, dificultando a percepção de como o poder autoritário se infiltra nas esferas mais íntimas da vida cotidiana.

É nesse contexto que as análises de Paulo Freire e Hannah Arendt se tornam cruciais para entender a resistência ao autoritarismo moderno. Para Freire, a verdadeira emancipação é coletiva, fundamentada no processo de conscientização e ação conjunta. Em sua pedagogia, Freire defende que a opressão não pode ser superada de maneira individual, mas sim através de um movimento coletivo que privilegie o diálogo democrático e a pluralidade de perspectivas. Em contraste com os regimes autoritários, que buscam silenciar a diversidade e uniformizar a sociedade, Freire propõe uma educação que fomente a liberdade de pensamento, a reflexão crítica e a ação transformadora.

Hannah Arendt, em seus estudos sobre totalitarismo, também nos alerta para os perigos de regimes que tentam eliminar a pluralidade e transformar a sociedade em um espaço homogêneo. Arendt observa que o totalitarismo não apenas destrói a diversidade política, mas também altera profundamente a relação entre o indivíduo e a comunidade, isolando os cidadãos e tornando-os suscetíveis à manipulação. Para ela, o totalitarismo transforma os indivíduos em meros executores de uma vontade única, sem espaço para o julgamento moral ou a liberdade de pensamento.

Dessa forma, a resistência ao autoritarismo moderno deve ser baseada em uma reconstrução da linguagem política, que valorize a solidariedade e o respeito pela diversidade. O diálogo aberto e a educação crítica, como defendido por Freire, são elementos essenciais para a resistência. Ao mesmo tempo, é preciso resistir à lógica da positividade que, ao individualizar as dificuldades e impor o sucesso como única medida de valor, enfraquece os laços de solidariedade necessários para a construção de uma democracia genuína. A luta pela liberdade e pela democracia deve ser uma ação contínua e coletiva, que recuse o totalitarismo das vozes únicas e promova a construção conjunta de uma verdade compartilhada, plural e inclusiva. Somente assim poderemos enfrentar as ameaças do autoritarismo contemporâneo e reconstruir uma sociedade mais justa e democrática.

Conclusão: A Luta pela Democracia em Tempos Sombrios

A ascensão de Donald Trump ao poder representa um desafio significativo para a democracia, trazendo à tona um novo autoritarismo que se articula por meio do controle da IA, da fragmentação social e da repressão dos direitos humanos. A utilização de estratégias empresariais para gerir o Estado, a vigilância massiva, a manipulação da opinião pública e a perseguição de minorias criam um cenário de aprofundamento das desigualdades e de corrosão dos princípios democráticos.

Entretanto, a história demonstra que regimes autoritários são combatidos pela força da mobilização social e pela reconstrução de uma cultura democrática baseada na pluralidade, na justiça e na liberdade. Como enfatizado por Jürgen Habermas, a democracia depende da manutenção de espaços públicos de diálogo e participação, onde a verdade não é imposta de cima para baixo, mas construída coletivamente.

Além disso, é fundamental destacar que as mulheres serão as primeiras a serem atacadas nesse contexto de retrocesso autoritário. Como a história tem demonstrado, regimes autoritários frequentemente direcionam suas políticas repressivas contra os direitos das mulheres, limitando sua autonomia, restringindo seus direitos reprodutivos e silenciando suas vozes na esfera pública. O combate ao autoritarismo passa, portanto, pela defesa intransigente da igualdade de gênero e da proteção das conquistas femininas ao longo das décadas.

Nesse sentido, resistir às novas formas de autoritarismo requer uma abordagem multifacetada, que inclua desde a alfabetização digital até a organização política para a defesa dos direitos fundamentais. Como alerta Zygmunt Bauman, a liquidez das instituições democráticas exige que estejamos constantemente atentos às ameaças e prontos para reconstruir laços de solidariedade e resistência.

Portanto, o embate contra o autoritarismo digital e político não se resume a uma oposição ao governo Trump, mas sim a um compromisso duradouro com a preservação da democracia, da justiça social e dos direitos humanos. Para enfrentar esse desafio, é necessário não apenas compreender as dinâmicas do poder contemporâneo, mas também atuar ativamente na construção de um futuro mais justo e igualitário.

Referências:

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. São Paulo: Editora Ubu, 2020.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Petrópolis: Vozes, 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FREUD, Sigmund. Psicologia das Massas e Análise do Eu. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

FREUD, Sigmund. Três Ensaios sobre a Teoria Sexual. Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

FREUD, Sigmund. Além do Princípio do Prazer. Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

FREUD, Sigmund. O Mal-estar na Civilização. Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

FREUD, Sigmund. Futuro de uma Ilusão. Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: O Neoliberalismo e as Novas Técnicas de Poder. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2018.

HABERMAS, Jürgen. A Estrutura de Transmissão da Comunicação. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

SEGATO, Rita. Contra-pedagogias da Crueldade. São Paulo: Boitempo, 2018.

ZUBOFF, Shoshana. A Era do Capitalismo de Vigilância. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Espetáculo da Humilhação do Brasil: A Banalidade do Mal e o Horror das Deportações de Brasileiros por Trump

Labirintos da Crueldade: A Política do Sofrimento e a Economia Libidinal da Dor

A Batalha pelo Conclave: A Extrema Direita em Combate Contra os Direitos Humanos